Ron DeSantis, governador republicano da Flórida, deu um passo significativo na segunda-feira (8) ao designar o Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR) como organização terrorista estrangeira. Essa medida se alinha com uma norma similar publicada pelo governo do Texas em novembro, também de tendência republicana.
O CAIR, considerado o principal grupo muçulmano de direitos civis e advocacia dos Estados Unidos, não ficou sozinho na lista. A Irmandade Muçulmana, fundada no Egito, também foi incluída na classificação. Com essa decisão, as agências da Flórida receberam instruções para tomar medidas legais para impedir atividades ilegais dessas organizações, incluindo a negação de privilégios ou recursos públicos a qualquer pessoa que lhes forneça apoio material.
Em uma declaração conjunta na segunda-feira, o CAIR e sua filial na Flórida reagiram à medida do governo estadual, classificando-a como “inconstitucional e difamatória”. Alegaram também que as acusações da gestão DeSantis de que eles têm ligações com o grupo terrorista Hamas são infundadas. É importante notar que essa não é a primeira vez que o CAIR enfrenta críticas e acusações de ter ligações com organizações terroristas.
A designação do CAIR como organização terrorista não é um caso isolado. Em novembro, o governo Trump iniciou um processo para designar certas filiais da Irmandade Muçulmana, como as do Líbano, Egito e Jordânia, como organizações terroristas. Essa medida reflete a crescente preocupação dos governos com a presença de organizações terroristas no país.
É um momento de grande tensão política e religiosa nos Estados Unidos, e a decisão de DeSantis não passou despercebida. O governo estadual da Flórida, liderado por um governador republicano, está tomando medidas drásticas contra o CAIR, levantando questões sobre a liberdade de expressão e a discriminação contra a comunidade muçulmana. O que isso significa para o futuro da comunidade muçulmana nos Estados Unidos? Só o tempo dirá.
