Farmácias de Paraguaçu Paulista relatam a falta de determinados medicamentos, como, por exemplo, a amoxicilina combinada com clavulanato (antibiótico). Segundo fontes procuradas pela redação, a escassez não é de hoje, e está relacionada à falta de insumos vindos de Índia e China.
O problema não é, como dito anteriormente, algo tão recente. Matéria do Correio Braziliense, datada de 20 de abril, relata que hospitais e farmácias não apenas de São Paulo, como também de outros estados, apresentam falta de remédios. Entre os motivos mencionados estão problemas no fornecimento do Ministério da Saúde, assim como dificuldades na importação de insumos por causa da guerra na Ucrânia , do lockdown na China e de movimentos de protesto de funcionários em portos e aeroportos.
No caso dos movimentos de protesto, trata-se de operação-padrão de auditores fiscais da Receita Federal: desde o final de 2021, servidores do fisco fazem paralisações e seguram cargas como meio de pressionar o governo federal para recompor o orçamento da Receita e implementar um bônus de eficiência pago aos auditores. A Receita Federal e o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita não se manifestaram a respeito do assunto.
Ficam os questionamentos: por que um país do nosso porte depende de insumos de Índia e China para produzir medicamentos básicos e/ou de uso contínuo? Por que é permitido que servidores públicos segurem cargas de insumos para a produção de medicamentos?