
A projeção da Fundação do Câncer para o futuro do câncer colorretal é preocupante: um aumento de 36% na mortalidade até o ano de 2040. Este cenário sombrio foi revelado no novo boletim da instituição, divulgado no Dia Nacional da Saúde, dia 5 de julho.
Dados do estudo apontam que entre 40% e 60% dos casos de câncer colorretal no Brasil são diagnosticados em estágios avançados, um fator determinante para a alta taxa de mortalidade da doença. A região Sudeste se destaca com o maior número previsto de óbitos nos próximos anos, com um aumento projetado de 34%. No cenário nacional, a projeção aponta para um crescimento de 35% nos homens e 37% nas mulheres.
Alfredo Scaff, coordenador do estudo, destaca a alta taxa de letalidade como evidência da falta de uma política eficaz de detecção precoce do câncer colorretal. “O rastreamento é fundamental nesse caso. A recomendação é que homens e mulheres a partir dos 50 anos realizem exames como o teste de sangue oculto nas fezes, um procedimento simples e de fácil acesso, e, quando necessário, a colonoscopia. Indivíduos com histórico familiar da doença ou outras condições de risco devem iniciar esse acompanhamento com o médico ainda mais cedo”, explica.
No Brasil, quase 51% dos homens e cerca de 52% das mulheres morreram com o diagnóstico do câncer colorretal em estágios avançados. A região Centro-Oeste apresentou a maior proporção de óbitos nesse estágio, com 58% dos homens e 59% das mulheres.
Idade avançada, histórico familiar, dietas com alto consumo de carnes processadas, sedentarismo, obesidade, tabagismo e consumo excessivo de álcool são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Para mais informações sobre o estudo completo, acesse o site da Fundação do Câncer.