Fux rejeita acusação de organização criminosa contra Bolsonaro em caso de golpe

O voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), gerou alvoroço. Fux rejeitou a acusação de organização criminosa contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete outros réus envolvidos na suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil. A decisão foi celebrada por Jason Miller, estrategista do ex-presidente Donald Trump, que usou o X para demonstrar sua aprovação.
Miller criticou veementemente Alexandre de Moraes, ministro relator do processo, acusando-o de promover um “lawfare político” contra Bolsonaro e os “povos de bem” brasileiros. Segundo Miller, as acusações contra Bolsonaro são “fraudulentas e inconstitucionais”. O estrategista também reforçou a hashtag “#FreeBolsonaro”, demonstrando seu apoio à campanha pela libertação do ex-presidente.
O julgamento, conduzido pela Primeira Turma do STF, irá decidir se Bolsonaro e seus aliados devem ser condenados por crimes relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023. Até o momento, os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação de Bolsonaro e dos demais réus. No entanto, Fux divergiu, afastando a acusação de organização criminosa armada e questionando a acusação de dano qualificado. O ministro ainda deve concluir sua leitura do voto na sessão da tarde. Os votos da ministra Cármen Lúcia e do presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, são aguardados para finalizar o julgamento.
Miller já havia criticado Moraes e o processo em curso contra Bolsonaro em um post anterior no X, classificando Moraes como a “maior ameaça à democracia no Hemisfério Ocidental”. Ele afirmou que Moraes é um “gângster de terceira categoria” disposto a usar o “lawfare político” para impedir Bolsonaro de participar de futuras disputas políticas. Além de Bolsonaro, o processo também investiga o tenente-coronel Mauro Cid, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) e ex-ministros como Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres, Braga Netto e o almirante Almir Garnier.