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EUA Designar Cartel de los Soles como Terrorista Global e Impõe Sanções

O governo norte-americano tomou uma decisão contundente na sexta-feira, 25, ao anunciar sanções contra o chamado Cartel de los Soles. Essa organização criminosa venezuelana, segundo o Departamento do Tesouro, é liderada pelo ditador Nicolás Maduro. A medida, oficializada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac), responsável por aplicar sanções com base na política externa americana, designa o cartel como uma entidade terrorista global.

O Ofac afirma que o cartel é “liderado por Nicolás Maduro e outros membros de alto escalão do regime venezuelano”. A organização, segundo o Departamento do Tesouro, fornece “apoio material” ao Tren de Aragua, grupo criminoso venezuelano, e ao cartel mexicano de Sinaloa, ambos considerados organizações terroristas pelo governo Trump. Essa ação, como afirmou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em comunicado oficial, “expõe ainda mais a facilitação do regime ilegítimo de Maduro ao narcoterrorismo, por meio de organizações como o Cartel de los Soles”.

A posição americana foi reforçada por Marco Rubio, secretário de Estado, em sua declaração deste domingo, 27. “Maduro é o chefe do Cartel de los Soles, uma organização narcoterrorista que tomou posse de um país”, afirmou em publicação na rede social X. Informações da Folha de S. Paulo revelam que o governo Trump já havia acusado Maduro e aliados de liderarem ações de narcoterrorismo, oferecendo até recompensa por sua captura – acusações negadas por Maduro. A administração americana alega que o objetivo do cartel é “usar a avalanche de drogas ilegais como arma contra os EUA”.

Desde o início de seu mandato, Trump tem se dedicado a combater o tráfico internacional de drogas, com foco especial em grupos do sul da fronteira que atuam com drogas ilícitas, extorsão e tráfico de pessoas. As relações entre Washington e Caracas continuam deterioradas. Os EUA nunca reconheceram como legítima a reeleição de Maduro, considerada fraudulenta por observadores internacionais.

Neste ano, o governo Trump anunciou restrições migratórias a viajantes provenientes da Venezuela, como parte de um pacote que inclui outros países. Em julho, Caracas libertou dez prisioneiros americanos em troca do envio de 252 migrantes venezuelanos detidos em El Salvador, após serem deportados dos Estados Unidos.

Na quinta-feira, 24, Nicolás Maduro afirmou que os EUA teriam autorizado a petroleira Chevron a retomar suas operações no país. Washington, no entanto, ainda não confirmou a informação oficialmente.

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