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Greta Thunberg acusa Israel de genocídio e destruição em massa em Gaza

Greta Thunberg, a ativista sueca, fez acusações contundentes contra Israel ao chegar ao aeroporto de Atenas, acompanhada por 135 membros da Flotilha Global Sumud. O grupo havia sido detido por marinha israelense em sua tentativa de chegar à Faixa de Gaza na semana anterior e acabou sendo deportado na segunda-feira (6).

Thunberg, em declarações à imprensa, reiterou as acusações de “maus-tratos” sofridos durante o período de detenção, apesar do governo israelense negar as alegações, como informado pelo site do Jornal do Povo. “Poderia falar muito sobre os maus-tratos e abusos durante nossa prisão, mas essa não é a história principal”, afirmou a ativista.

O foco, segundo Thunberg, é o que chamou de “genocídio” e “destruição em massa” perpetrada por Israel em Gaza, onde, segundo ela, uma população inteira está sendo “eliminada”. A ativista criticou a violação do direito internacional por parte de Israel ao impedir a entrada de ajuda humanitária que a flotilha levava ao enclave. “As pessoas estão morrendo de fome”, denunciou Thunberg.

Em comunicado divulgado na rede social Χ, o Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou a deportação de 171 “provocadores da frota Hamas-Sumud” para Grécia e Eslováquia. Os deportados, cidadãos de diversos países, incluindo Grécia, Itália, França, Irlanda, Suécia, Polônia, Alemanha, Bulgária, Lituânia, Áustria, Luxemburgo, Finlândia, Dinamarca, Eslováquia, Suíça, Noruega, Reino Unido, Sérvia e Estados Unidos, aguardavam em Atenas, já que não havia voos disponíveis para seus países de origem.

Manifestantes com bandeiras pró-palestinas e cartazes contra o que consideram um “genocídio” recepcionaram os ativistas no aeroporto. Panfletos com slogans como “Nenhum canto do mundo está livre sem uma Palestina livre” e “nenhuma cooperação com o Estado assassino de Israel” circulavam entre os manifestantes.

Greta Thunberg, em sua declaração, afirmou que os governos têm a “obrigação legal” de “agir” para evitar o que ela chama de “genocídio”. Para Thunberg, isso significa “acabar com a cumplicidade, exercer pressão real e interromper as transferências de armas” para Israel.

“Não estamos vendo isso, não estamos vendo o mínimo por parte de nossos governos. Nossos sistemas internacionais estão traindo os palestinos”, criticou a ativista, que expressou sua indignação com a situação: “Nunca compreenderá como os seres humanos podem ser tão maus a ponto de matar deliberadamente de fome milhões de pessoas.”

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