Tecnologia

Infraestrutura de TI Moderna: O Poder do One Stop Shop (OSS)

A infraestrutura de tecnologia da informação (TI) transcendeu seu papel tradicional de suporte, consolidando-se como o núcleo estratégico das operações corporativas. Em um cenário global impulsionado pela transformação digital, pela inteligência artificial, pela expansão do 5G e pela proliferação da nuvem híbrida, garantir a competitividade, a resiliência e a sustentabilidade se torna fundamental.

De acordo com a consultoria IDC, o investimento global em infraestrutura de TI deve ultrapassar US$ 400 bilhões em 2025, com destaque para áreas como data centers, edge computing e automação. No Brasil, a Brasscom projeta que o setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC) movimentará R$ 845 bilhões até 2026, impulsionado pela digitalização de empresas de todos os portes.

Nesse contexto, o modelo One Stop Shop (OSS) em TI emerge como uma solução estratégica para simplificar e otimizar a gestão de infraestrutura crítica.

Originário do varejo, onde oferecia a conveniência de “tudo em um só lugar”, o OSS expandiu-se para setores estratégicos como saúde, telecomunicações e TI. A essência do modelo reside em concentrar o design, a implementação e a operação da infraestrutura em um único ecossistema de fornecedores e integradores.

Essa centralização visa reduzir a complexidade, fortalecer a governança corporativa e aumentar a eficiência. Para Guilherme Guedes, Sales Manager da APC by Schneider Electric, “o One Stop Shop em TI não se limita a simplificar a compra, mas garante eficiência em todo o ecossistema de tecnologia, desde o planejamento até a operação contínua”.

Os benefícios estratégicos do OSS em infraestrutura de TI são diversos, impactando diretamente a segurança, o controle financeiro, a agilidade operacional e a satisfação do cliente.

A diminuição de contratos e a padronização de processos, por exemplo, reduzem os pontos de falha e garantem a interoperabilidade entre os componentes da infraestrutura. A comunicação eficiente, canalizada por um único ponto de contato, agiliza o processo e evita conflitos.

Em termos financeiros, o OSS promove maior previsibilidade orçamentária, reduzindo aditivos contratuais e facilitando a comparação entre investimento inicial (CAPEX) e os custos de operação (OPEX). A integração digital em tempo real entre fábrica, integrador e cliente otimiza a cadeia de suprimentos, reduzindo retrabalhos e aperfeiçoando o planejamento.

A governança também é fortalecida com o modelo OSS. A padronização técnica e jurídica garante que todas as etapas do projeto estejam alinhadas, eliminando “zonas cinzentas” de responsabilidade e permitindo decisões executivas mais assertivas, baseadas em relatórios unificados.

A eficiência energética se torna um diferencial competitivo, impulsionada por equipamentos de alta performance, sistemas de cooling sustentáveis e plataformas de gestão que monitoram em tempo real o consumo de energia, água e climatização. Essa preocupação ambiental também se reflete na logística sustentável, na redução do desperdício e no uso de produtos verdes.

A digitalização e a automação inteligentes são pilares da nova eficiência proporcionada pelo OSS. O fluxo digital integra propostas, pedidos e acompanhamento direto da fábrica, com atualizações em tempo real que aumentam a previsibilidade da entrega.

Processos repetitivos são automatizados, liberando colaboradores para atividades de maior valor agregado. A inteligência artificial e o machine learning permitem a manutenção preditiva, antecipando falhas e minimizando interrupções.

Guilherme Guedes destaca: “Com inteligência artificial e machine learning, podemos prever falhas em equipamentos críticos e antecipar riscos antes que impactem a operação”.

A sustentabilidade se consolida como um requisito, não uma opção. O modelo OSS contribui para a construção de uma operação mais verde, alinhando-se aos princípios ESG (Environmental, Social and Governance). A logística sustentável, com a consolidação de cargas e a redução de emissões, o uso consciente de papel e insumos, e a adoção de produtos verdes, demonstram o compromisso da empresa com o planeta.

A implementação de KPIs (Key Performance Indicators) robustos permite acompanhar e medir os resultados do modelo OSS, tanto os financeiros quanto os operacionais. O acompanhamento do CAPEX vs OPEX, a avaliação do cumprimento das SLAs (Service Level Agreements), o tempo médio de reparo (MTTR) e o consumo energético, fornecem indicadores precisos da eficiência da infraestrutura. A satisfação do cliente, tanto interno quanto externo, também se torna um KPI crucial, refletindo a qualidade do serviço prestado.

Embora o modelo OSS ofereça diversas vantagens, a implementação pode encontrar resistência por parte das empresas com processos manuais, que temem a mudança e o impacto nos seus cargos.

A superação dessa resistência exige um planejamento estratégico, com a implementação de projetos piloto, a definição de marcos claros e a comunicação transparente com todos os envolvidos.

Investir em capacitação e treinamento para a equipe é fundamental para garantir a adoção bem-sucedida do OSS.

As tendências futuras para a infraestrutura de TI apontam para um cenário em que o edge computing e os micro data centers se tornarão cada vez mais relevantes. O OSS se torna essencial para garantir a interoperabilidade e a governança nesse cenário descentralizado.

A cibersegurança integrada também ganha destaque, com a necessidade de proteger dados, tanto logicamente quanto fisicamente, em um único ecossistema.

Em suma, o modelo One Stop Shop em TI transcende a simples gestão de infraestrutura. Ele representa um salto em direção à eficiência, à sustentabilidade e à competitividade, impulsionado por inovação e pela integração de tecnologias avançadas.

Para empresas que buscam uma infraestrutura robusta, resiliente e alinhada às demandas do mercado atual, o OSS é o caminho para o futuro.

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Samuel Nascimento

Natural de Paraguaçu Paulista, terra de Erasmo Dias, Liana Duval e Nho Pai. Graduado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e cursando Engenharia da Computação; Empreendedor na área de Marketing Digital; Ciclista; Músico Violinista; Organizador do Festival de Música de Paraguaçu Paulista e Spalla da Orquestra Jovem de Paraguaçu Paulista.

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