O Hospital Risoleta Tolentino Neves, em Belo Horizonte (MG), iniciou um estudo para que pacientes diagnosticados com coronavírus não precisem de intubação. A oxigenoterapia hiperbárica, método estudado, será testado pela primeira vez no Brasil.
Além de consentir com o tratamento, só poderão participar do estudo os pacientes internados em enfermarias de covid-19 sem indicação de intubação, com resultado de teste PCR positivo para covid ou que apresentem saturação de oxigênio abaixo de 93%.
Esse método é opção terapêutica como uma forma de evitar, ou adiar, a intubação de pacientes com falta de ar e hipóxia, que é a ausência de oxigênio nos tecidos para que as funções corporais se mantenham estáveis.
A oxigenoterapia hiperbárica é uma modalidade terapêutica já existente, onde o paciente é submetido à inalação de oxigênio puro (100%), em uma pressão maior que a pressão atmosférica. O tratamento é feito dentro de uma câmara, geralmente de formato cilíndrico e construído de aço ou acrílico e que pode ser pressurizado com ar comprimido ou oxigênio puro.
A finalidade dessa terapia é aumentar o fornecimento de oxigênio para os tecidos mediante a hemoglobina.
Os tecidos do corpo precisam de um suprimento adequado de oxigênio para funcionar. Quando o tecido é danificado, é necessário ainda mais oxigênio para sobreviver, o que pode ser conseguido com a oxigenoterapia hiperbárica.
Nestas condições, o oxigênio produz uma série de benefícios terapêuticos. O sangue hiper oxigenado, além de combater infecções por bactérias e fungos, ajuda na cicatrização de feridas abertas como escaras, ou crônicas como em pessoas com diabetes, estimula a liberação de substâncias chamadas fatores de crescimento e células-tronco, que promovem a cura.
No Brasil, as indicações foram regulamentadas pelo Conselho Federal de Medicina, mediante resolução CFM 1457/95,desde 1995.
Os efeitos colaterais da OHB estão relacionados à variação da pressão e/ou toxicidade do oxigênio. A toxicidade do oxigênio está relacionada à dose oferecida e ao tempo de exposição ao tratamento hiperbárico. As toxicidades pulmonares (inexistente com doses clínicas de OHB) e neurológica são as mais importantes.
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