
Um estudo publicado em abril na Revista de Saúde Pública, mostra que durante a pandemia, o número de mamografias para mulheres de 50 a 69 anos, na rede pública ,diminuiu 42% em 2020(com 1.126.688 exames realizados), quando comparado ao ano de 2019, com 1.948.471 exames, o que corresponde a 800 mil exames a menos.
Isso significa algo em torno de 4 mil casos de câncer de mama não diagnosticados em 2020, considerando as estimativas da taxa de detecção da doença, sendo em média 5 casos confirmados a cada 1000 exames.
Dados não incluídos no estudo, mostram que nos primeiros meses de 2021, o número mensal de mamografias foi ainda menor do que em 2020 e 2019.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA), afirma que mesmo na pandemia, os exames não foram suspensos e devem continuar sendo feitos seguindo os protocolos de higiene e distanciamento. É recomendado que mulheres entre 50 e 69 anos façam o exame de rotina a cada 2 anos.
A mastologista do estudo, diz que as pacientes não apareceram em consultas. Acredito que essa queda na procura para os exames, seja devido a necessidade de isolamento, o medo de ir em unidades de saúde e a dificuldade em agendar os exames pela redução do números de pessoas na clínica em determinado período para evitar aglomerações.
Essa dificuldade para marcar consultas e exames que já existia, só piorou na pandemia. Consultas eletivas e outros tipos de exames foram suspensos temporariamente para evitar aglomerações, mas causaram problemas com relação ao diagnóstico e tratamento de outras doenças, em vários setores da saúde.