Política e Economia

Câmara aprova voto secreto em análises de processos contra parlamentares

Deputados do Centrão conseguiram incluir uma emenda aglutinativa à PEC da Imunidade (3/21) na pauta de votação da Câmara dos Deputados. Esta emenda, que permite votação secreta em análises para autorizar a abertura de processos criminais contra deputados e senadores, havia sido rejeitada em votação no dia anterior, mas o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), autorizou a sua inclusão.

A previsão de votação secreta já estava prevista no relatório do deputado Cláudio Cajado (PP-BA), mas um destaque do Partido Novo foi aprovado, retirando esse item. A decisão gerou polêmica, com o deputado Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, rebater a decisão de Hugo Motta e ameaçando recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Motta, em resposta, afirmou que a ação cabia ao deputado, como ele fazia “quase que diariamente”.

A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) também se manifestou contra a decisão de Motta, afirmando que se sentiu orgulhosa quando a Câmara havia votado contra o voto secreto e expressando sua indignação com a manobra realizada. Ela criticou a decisão, dizendo que a “subserviência e cabresto” para votar em determinada agenda estava errada. Além disso, a deputada criticou o fato de o presidente de partido ter foro privilegiado, afirmando que isso aumentava o foro privilegiado em vez de reduzi-lo. O PSOL também anunciou que entrará com ação judicial contra a inclusão da emenda.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo