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Trump e Epstein: Mistérios e Recusa de Documentos

As alegações sobre um possível vínculo do presidente Donald Trump com o falecido financista bilionário Jeffrey Epstein voltaram a ser noticia nos últimos dias. Apesar de especulações anteriores, até o momento não há provas concretas para corroborar essa conexão.

A juíza de distrito dos EUA negou recentemente um pedido do Departamento de Justiça para divulgar transcrições de depoimentos de um julgamento, que poderiam fornecer mais insights sobre o caso. O procurador-geral adjunto, Todd Blanche, se encontra em preparação para uma conversa com Ghislaine Maxwell, ex-companheira de Epstein condenada em 2022 por aliciar menores para atividades sexuais, segundo fontes da CNN.

Um novo embate surgiu dentro do governo Trump após o Departamento de Justiça ter prometido divulgar novos arquivos confidenciais sobre o esquema criminoso de Epstein, incluindo uma possível lista de nomes conhecidos da elite americana envolvidos na rede de tráfico sexual. No entanto, a promessa foi revogada sem a divulgação de novos detalhes sobre a investigação.

O jornal The Wall Street Journal (WSJ) publicou uma reportagem alegando que autoridades do Departamento de Justiça informaram o presidente em maio que seu nome aparecia em “diversos arquivos” do caso. A Casa Branca, por sua vez, negou as informações, classificando-as como “mentirosas”.

Jeffrey Epstein, nascido na década de 1950 em Nova York, iniciou sua carreira como professor de matemática em uma escola de elite de Manhattan, sem concluir seus estudos universitários. Sua trajetória profissional o levou ao mundo dos negócios, alcançando grande riqueza antes dos 30 anos. Epstein era conhecido por frequentar círculos de elite e poderosos, incluindo Donald Trump, Bill Clinton, o príncipe Andrew do Reino Unido, além de celebridades e empresários como Bill Gates.

Epstein foi acusado de um extenso esquema de tráfico sexual e abuso de centenas de meninas menores de idade, algumas com apenas 14 anos, em suas propriedades em Nova York, Flórida, Novo México e na sua ilha privada no Caribe, popularmente conhecida como Ilha Epstein.

Condenado em 2008 por exploração sexual e facilitação à prostituição de menores, Epstein cumpriu uma pena branda graças a um polêmico acordo de não persecução feito por seus advogados com a promotoria. Em troca da imunidade contra acusações federais, Epstein se registrou como um agressor sexual e cumpriu 13 meses de prisão.

Em 2019, Epstein foi novamente acusado de tráfico sexual e preso. Um mês depois, foi encontrado morto em sua cela, aos 66 anos, enquanto aguardava julgamento. Sua morte foi classificada como suicídio.

O caso Epstein voltou à tona em janeiro de 2022 com a divulgação de mais de mil páginas de documentos judiciais sobre a investigação pela Justiça americana. As informações reveladas na época geraram grande repercussão, com a expectativa de que citassem o envolvimento de personalidades ligadas ao financista. No entanto, não surgiu nenhuma lista nova com o nome de pessoas públicas relacionadas aos crimes pelos quais Epstein é investigado.

Apesar da ausência de provas concretas, especulações sobre uma suposta lista de clientes de Epstein continuam a circular, alimentando o interesse público pelo caso.

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