A curiosa monarquia da Malásia
Rei é eleito pelos 9 sultões vitalícios para mandato de cinco anos

Não existe apenas um modelo de monarquia no mundo, mas vários. A mais famosa delas é a da Inglaterra, uma monarquia parlamentarista que abrange os países da chamada Commonwealth, que conta com mais de 20 nações independentes, com governança própria, mas que se submetem à coroa britânica sob a Declaração de Singapura, conjunto de preceitos aos quais os países-membros estão obrigados a seguir.

Outras nações do mundo seguem algum modelo monárquico de governo, como o grão-ducado de Luxemburgo, os reinos da Holanda e da Espanha, o principado de Mônaco, o Vaticano (o papado é uma monarquia eletiva e os cardeais são os príncipes da Igreja), os reinos do Marrocos e da Arábia Saudita e o Império do Japão. São diferentes modelos que guardam entre apenas a semelhança de terem um monarca no poder. Mas um dos modelos mais curiosos é o da Malásia, país asiático que faz fronteira com a Indonésia, a Tailândia e Cingapura.
Na Malásia, temos uma das poucas monarquias eletivas do mundo, ou seja, o rei (Ou líder supremo, como é chamado pelo povo) não obtem o cargo de maneira hereditária, como estamos acostumados. O Vaticano também adota o modelo eletivo, mas lá o cargo é vitalício, pois o papa segue até a morte, ou até a renúncia, como ocorreu recentemente com Bento XVI. Na Malásia, ao contrário, novas eleições ocorrem a cada cinco anos.

Porém, antes que você pense que a monarquia malaia é uma república disfarçada, vamos verificar alguns detalhes que inviabilizam essa dedução precipitada.

Ao contrário do primeiro-ministro, chefe de governo malaio, que é eleito pelo povo, o rei (chefe de Estado) é eleito por um conselho formado por nove sultões, estes sim com cargo vitalício. Cada sultanato é um ente federativo, pois a monarquia malaia é federalista e constitucional. Ou seja, lá existe a separação entre os chefes de governo e de estado na esfera federal, havendo um chefe de Estado vitalício em cada ente da federação.
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