Política e Economia

WSJ: Alexandre de Moraes conduz ‘golpe de Estado’ no Brasil

O artigo publicado pelo The Wall Street Journal (WSJ) gerou grande repercussão no programa Última Análise, destacando as acusações contundentes direcionadas ao ministro Alexandre de Moraes. Convidados do programa analisaram a gravidade das alegações, que apontam para um “golpe de Estado” dentro do Brasil, e discutiram o impacto da publicação em âmbito internacional.

O ex-procurador Deltan Dallagnol ressaltou a credibilidade do WSJ, destacando a imparcialidade do jornal e a sua ampla influência global. Para ele, a matéria consolida a percepção internacional sobre a gravidade da situação política brasileira. A publicação do WSJ, segundo Dallagnol, evidencia uma preocupação crescente da comunidade internacional com a censura e a supressão de opiniões divergentes no Brasil.

O artigo do WSJ traça um panorama da escalada autoritária, iniciada em 2019 com a abertura do chamado “Inquérito das Fake News”. O jornal acusa o ministro de Moraes de ser o principal responsável pela criminalização de opiniões divergentes e pela prisão preventiva de críticos do tribunal, sem processo justo. Para André Marsiglia, jurista convidado do programa, a visibilidade do Brasil como um país em crise democrática é um fato constrangedor e, ao contrário da imprensa nacional, a mídia internacional não tenta esconder a realidade.

A cobertura do WSJ também menciona as manifestações do dia 8 de Janeiro, as quais, segundo o jornal, não apresentaram qualquer característica de sublevação da ordem democrática. O artigo critica as punições aplicadas aos manifestantes, caracterizando-as como indevidamente severas e desproporcionais. Guilherme Kilter, vereador presente no programa, compartilha essa visão, questionando a punição de 1.500 pessoas com a qualificação de “golpistas” sem provas de armamento ou plano concreto de golpe.

Em evento no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), Alexandre de Moraes recebeu o Colar do Mérito da Justiça de Contas, reconhecimento pelo trabalho em prol da fiscalização financeira. No discurso, o ministro reiterou a tese da tentativa de golpe de Estado e a atuação do STF para defender a democracia. Deltan Dallagnol critica a narrativa de Moraes, argumentando que ele busca se defender ao invés de justificar suas ações.

A fala de Moraes sobre “erros e acertos” do Judiciário, segundo Dallagnol, demonstra a fragilidade do ministro, que se vê cada vez mais isolado. A necessidade de reconhecer equívocos, mesmo que de forma simbólica, marca um momento de grande fragilidade para Alexandre de Moraes.

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