31 de março. Ditadura nunca mais?

Hoje, 31 de março, nos livros didáticos de história será lida como a data em que deu o famoso “Golpe Militar”. Segundo estes livros, o “golpe” durou 21 anos e entre outras medidas foi suprimido o voto direto ao Executivo, foi instituída a censura prévia aos meios de comunicação e foi restringido o direito de associação.
Após a ”redemocratização” em 1985, o sonho de liberdade começa a se realizar de modo estranho. O primeiro presidente eleito após os militares nem chega ao poder, pois adoece e morre pouco antes de sua posse.
Nos anos em que se passam após 1985, o país trilha um caminho de uma tomada de liberdade desenfreada em todos as esferas da sociedade, tanto na política como nas artes. Em todos os estratos sociais a palavra de ordem era o distanciamento e criminalização dos militares como elementos nocivos ao status quo de uma nação livre e democrática.
Neste meio tempo, nossas universidades se tornaram um baluarte de uma nova forma do fazer acadêmico-intelectual, principalmente nas ciências humanas, que ficaram a bandeira socialista em suas ementas acadêmicas: assim, Marx, Engels, Bakhtin, entre outros autores desta vertente criavam uma utopia cuja felicidade estaria no ser “comum” e “social”.
Foram anos em que os intelectuais nutriam as mentes dos estudantes com o sonho de uma sociedade igualitária e justa, colocando sempre a figura do patrão como o vilão da sociedade. Repare que as novelas da Globo o vilão é sempre um empresário.
Pois bem, depois de 36 anos de tantas narrativas doutrinárias que entorpeceu a mente e os olhos dos brasileiros com o fantasma do golpe “cívico-militar”, hoje, nesta data, ouço pessoas que dizem que “ditadura nunca mais”.
As pessoas olham, mas não enxergam; ouvem, mas não escutam. Que liberdade há hoje se o STF nos obriga a não dizer o que se pensa, mas apenas o que a eles lhes agradam? Que liberdade se tem hoje se não se pode trabalhar nem abrir o seu negócio, pois se corre o risco de ser preso. Que liberdade civil sobrou aos brasileiros nestes dias atuais.
O país vive há tempos em uma ditadura civil que ardilosamente veio minando os direitos da população, deixando-a à mercê do Estado, do assistencialismo governamental. Ditadura nunca mais? Já estamos nela há muitos anos, mas a manobra da falsa liberdade camuflou-a com o famoso pão e circo: enquanto o povo se divertia, muros foram construídos e agora talvez seja tarde demais. Índio Véio!!! Só acho!!!