Pai do Ataquista de Manchester Celebra Ataques do Hamas

Faraj al-Shamie, pai de Jihad al-Shamie, o indivíduo responsável pelo ataque à sinagoga em Manchester, na Inglaterra, expressou em suas redes sociais, após os ataques do grupo Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, uma celebração por tais eventos. De acordo com informações divulgadas pelo jornal britânico The Telegraph, Faraj é natural da Síria, tendo migrado para o Reino Unido na década de 1990 e estabelecido residência na região de Crumpsall, no norte de Manchester, área com significativa população judaica.
O pai de Jihad possui formação em medicina no seu país de origem e completou seus estudos no Reino Unido, tornando-se cirurgião de trauma. Atualmente, Faraj al-Shamie exerce suas funções profissionais no exterior. No dia em que ocorreram os ataques do Hamas, Faraj publicou em suas redes sociais comentários exaltando as ações das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, milícia Palestina, ao descrever a invasão de um acampamento do exército israelense por combatentes utilizando meios simples, como balões e motocicletas. Ele afirmou, sem hesitação, que tais cenas comprovam a inevitável dissolução de Israel.
Em suas postagens online, Faraj al-Shamie também expressou a esperança de que Deus proteja a Palestina e seu povo. Três dias depois dos ataques do Hamas, Faraj publicou outra mensagem criticando a falta de apoio de países árabes ao movimento palestino. Ele classificou como hipócritas e traidores aqueles que não se posicionavam em favor do Hamas, expressando sua convicção de que o momento da verdade estava próximo.
Após o ataque perpetrado por seu filho, Faraj al-Shamie emitiu uma declaração em que se disse “profundamente chocado” com o ocorrido. No entanto, a investigação policial sobre o ataque à sinagoga em Manchester revelou que uma das vítimas fatais foi atingida por disparos de policiais.
O chefe da Polícia da Grande Manchester (GMP), Stephen Watson, afirmou que o ferimento fatal pode ter sido resultado de uma ação preventiva urgente tomada por seus oficiais para impedir que o agressor causasse mais danos à comunidade judaica. Watson explicou que se acredita que Jihad al-Shamie não estava em posse de uma arma de fogo e os únicos disparos foram efetuados por policiais da GMP, enquanto tentavam impedir a entrada do agressor na sinagoga.
A investigação policial também confirmou que uma das três pessoas hospitalizadas em estado grave também possui ferimentos de bala. O agressor, Jihad al-Shamie, atropelou pessoas que se dirigiam à sinagoga e esfaqueou outras durante as festividades do Yom Kippur (Dia do Perdão).