O presidente norte-americano, Donald Trump, tomou uma decisão polêmica nesta quinta-feira, 7 de julho. Através da plataforma Truth Social, Trump anunciou a ordem imediata para a realização de um novo censo, com foco em precisão e utilizando dados atualizados. A novidade reside na proposta de que este novo censo se baseie nos resultados das eleições presidenciais de 2024 e exclua a contagem de imigrantes ilegais.
Esta decisão gera controvérsia, pois o censo americano tradicionalmente incluía todas as pessoas residentes no país, independentemente de sua situação migratória. A exclusão de imigrantes ilegais no novo censo pode ter impactos significativos na representação política do país, já que a contagem populacional serve como base para a distribuição de distritos eleitorais e a composição do Congresso.
O último censo oficial foi realizado em 2020, com o próximo previsto para 2030. A Constituição dos Estados Unidos estabelece a realização do censo a cada dez anos, com resultados que ditam a representação no Congresso. No entanto, o Congresso, atualmente controlado pelo Partido Republicano, possui a prerrogativa de ordenar censos adicionais através de leis ordinárias.
As ações de Trump se alinham com um contexto de intensa disputa política em nível nacional. A tentativa de legisladores republicanos no Texas de reajustar o mapa eleitoral do estado, um projeto impulsionado por Trump que poderia beneficiar seu partido nas eleições de meio de mandato de 2026, acendeu a polêmica.
Democrata do Texas se opuseram veementemente à proposta, abandonando o estado para impedir seu avanço. O governador republicano Gregg Abbott, por sua vez, ameaçou destituir e prender os legisladores rebeldes. A situação escalou ainda mais com a intervenção do FBI, que está auxiliando o estado no rastreio dos parlamentares democratas ausentes.
