O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou uma possível tarifa de 15% a 20% sobre as importações de países que não chegarem a um acordo com seu governo até a sexta-feira, dia limite para as negociações. Em entrevista a jornalistas em Turnberry, Escócia, durante encontro com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, Trump afirmou que a taxa seria aplicada “para o mundo” e que se tratava de um gesto de gentileza, considerando que o valor poderia ser ainda maior.
O presidente americano explicou que a medida visa estimular acordos comerciais bilaterais, já que negociar com 200 países simultaneamente se torna um desafio complexo. Trump ressaltou que a tarifa seria uma forma de garantir que os países que desejam fazer negócios com os Estados Unidos contribuam de forma justa, em vez de se beneficiarem de um sistema comercial desequilibrado.
Vale destacar que essa tarifa máxima, caso implementada, seria significativamente inferior à sobretaxa de 50% sobre importações americanas de produtos brasileiros ameaçada por Trump para o primeiro de agosto, conforme carta enviada ao governo Lula no dia 9 de julho. No entanto, o presidente americano não esclareceu se haverá exceções à regra.
Recentemente, a agência Bloomberg revelou que a administração Trump está preparando uma declaração de emergência como base legal para impor a taxa de 50% sobre produtos brasileiros. Fontes ouvidas pela agência explicaram que a declaração de emergência se faz necessária para aplicar a sobretaxa, visto que os Estados Unidos registram superávit comercial com o Brasil.
Até o momento, poucos governos chegaram a um acordo com os Estados Unidos desde o chamado “Dia da Libertação”, em 2 de abril, quando Trump anunciou sobretaxas nas compras americanas da maioria dos países e territórios do mundo. Nos últimos dias, Trump anunciou acordos com o Japão (tarifa de 15%), Filipinas, Indonésia (ambas com 19%) e União Europeia (15%).
